sábado, 28 de março de 2015

ESTÁ PENSANDO EM VIAJAR, MAS TEM FILHO PEQUENO?

Se você tem filho pequeno e está pensando em viajar, mas está na dúvida, vou contar um pouquinho da minha experiência a respeito e os prós e contras, do meu ponto de vista. Se você tem experiências sobre o assunto, de um jeito ou de outro, compartilhe aqui também! 

Em 2010 eu e meu marido viajamos para a Argentina com mais alguns amigos e o foco da viagem foi a neve. Ou melhor, os centros de ski! Foi uma experiência tão legal, que ainda na viagem já programávamos o retorno no ano seguinte. Bem... a viagem foi tão legal que ao voltar, descobri que estava grávida! rs... Tomei remédio por 7 anos seguidos e havia parado pra viajar, imaginando que poderia demorar um pouco. Que nada!

Todos os amigos programando a próxima viagem e eu pensando: "Como vou viajar para outro país com uma criança pequena???"
Um dos amigos, minha super amiga pediatra, massificou muito uma frase comigo: "Tudo que ele precisa você tem!"
Tive alguns meses pra pensar, e pensar, e pensar... Até que decidimos ir! Com muito medo, muitos receios, mas com uma expectativa enorme!
Claro que houve toda uma preparação, um planejamento (o que levar, como levar, o que esperar, seguro viagem etc), afinal, nosso filho estaria com 3 meses na época.
Mas posso dizer: Nenhum dos nossos medos se concretizou!

Realmente viajar com criança pequena é mais fácil que quando ela está maior. Com três meses ele só mamava no peito - o que ajudou muito pois sempre que ficava com fome, o "papá" estava pronto! Fora isso, levávamos sempre uma bolsa (sem exageros) com mudas de roupas, fraldas, lenços etc). Nessa idade a criança ainda cochila bastante, o que dá um refresco de vez em quando. Fora que quem tem o privilégio de ter um marido que ajude, tem tudo! rs...

Decidimos levar o carrinho em vez do Bebê Conforto, pois por ser um carrinho leve e prático, ficava mais fácil de andar pra lá e pra cá, além de mais confortável. Pudemos levá-lo no avião conosco, então, nosso filho ia no carrinho até o avião e já saía indo pro carrinho, não cansando tanto nossos bracinhos e deixando nosso filho mais confortável.

Claro que a gente tem que adaptar algumas coisas. Por exemplo, a viagem era pra esquiar (dessa vez fomos para Santiago,Chile). E claro, eu não pude ir pro cerro. Mas nos dias em que meu marido foi, eu passeava pela cidade com o Be. 

Fora isso, nada mudou! Fizemos todo o resto com ele, sem problema algum! Foi tudo maravilhoso e fico pensando no quanto eu teria perdido se não tivesse viajado... 

Em 2013 fomos para a Argentina novamente e, dessa vez, não foi tão perfeito como da primeira vez. Dessa vez nosso filho estava com pouco mais de 2 anos e, embora estivesse maior, ainda não se expressava muito bem a ponto de sabermos o que estava sentindo. 

Uma coisa que aprendemos foi a questão da rotina, de não termos horário certo pra comer, pra dormir... Isso algumas vezes o deixou estressado. Outra questão foi o dia que fomos para o "Esquibunda". Ele adorou o contato com a neve, mas depois de um tempo, entrou gelo na sua botinha e só percebemos um pouco depois. Ele estava irritado e reclamando, mas não sabíamos o que era. Descobrimos quando fomos tomar um chocolate quente. Tadinho.... 

Por ele estar maior, achamos que não precisávamos nos preparar tanto quanto da primeira vez. Isso foi um grande erro!

Outra questão foi que o dia que escolhemos para levá-lo ao cerro estava muito frio. Nem nós estávamos aguentando! 

Outro erro foi a escolha do voo. Quando somos jovens e aventureiros, podemos economizar viajando no voo mais barato, mas com criança, não indico isso! Passamos a madrugada inteira no aeroporto para voltarmos pra casa e isso, acabou com a gente! Minha dica: Escolham um voo adequado às necessidades da criança, um voo mais tranquilo. Nunca passem a madrugada no aeroporto! É uma experiência assustadora!

"Poxa vida, Roberta! Desse jeito eu vou desistir!" 

Não!!! Na verdade estou expondo alguns erros pra que vocês aprendam com eles e façam diferente, em vez de perderem as oportunidades! 

Afinal, teve muita coisa boa também! Na mesma viagem, passeamos, provamos novos sabores, relaxamos no ofurô, tomamos banho na piscina (térmica), brincamos na banheira, curtimos a neve, tiramos foto, o Be se esbaldou no chocolate, nos sorvetes típicos deliciosos, nos lanches de avião (sempre servião alfajor)... Enfim, foi uma benção!

Quero concluir esse post falando sobre uma inverdade em que muitos acreditam. "Depois que os filhos veem a gente não pode fazer mais nada!" 

Isso não é verdade! Os filhos são um presente especial de Deus pra nós! Dá trabalho, às vezes vira a vida da gente de cabeça pra baixo, mas é um privilégio tê-los em nossas vidas! 

Infelizmente, dificilmente admitimos nossa falta de organização, de planejamento, de paciência... A vida da gente muda? Muda. Mas é uma questão de adaptação. A culpa não é deles!

E no mais, aprenda coisas novas! Aproveite as oportunidades! DECIDA SER FELIZ! Viajar com crianças é diferente, mas pode ser muuuito legal!

quarta-feira, 25 de março de 2015

DEPOIS QUE OS FILHOS VEEM...

Quem é pai/mãe de criança pequena sabe o quanto às vezes (muitas vezes) é difícil parar pra conversar, assistir um programa de TV que não seja infantil, ir a um restaurante sossegado, sair com os amigos...

Todo mundo diz pra gente que depois que os filhos veem tudo muda. E é verdade! Muda tudo e muda muito. Mas muitos pais encaram isso negativamente.

Penso que trata-se muito mais de uma mudança de vida, uma questão de adaptação. Viajamos com nosso filho pra outro país quando ele tinha apenas 3 meses com um grupo de amigos. Acreditem! Ele foi quem menos deu trabalho! rs... 
Tudo que ele precisava eu tinha! Peito para amamentar quando ele quisesse (até porque sou daquelas que amamenta direitinho), fraldas pra trocar, casaco pra aquecer, colo pra acalmar... 

Mas como casal, é muito importante que os pais continuem nutrindo o relacionamento! Ou seja, é ESSENCIAL um tempo a dois! Senão fica quase impossível "sobreviver". Os primeiros anos do filho são os piores porque a dependência ainda é grande. Com o tempo vai melhorando. A gente vai se adaptando!

Meu post de hoje é um incentivo aos papais e mamães! 

Vamos investir em nossos relacionamentos!!! Tudo é uma questão de organização, planejamento... adaptação! E toda ajuda será bem vinda! Ajuda dos vovôs, dos titios, dos amigos (por que não?).

Eu e meu marido sofremos muito até aprendermos isso! E ainda estamos aprendendo. Mas vale a pena! 

Não desista do seu casamento! Por mais difícil que pareça, dá pra melhorar! Vai melhorar! Conversem com calma, tracem metas e lutem pela família de vocês! Com certeza começar uma nova não dará menos trabalho...

Hoje eu e meu marido deixamos nosso filho na escola e fomos passear. Andamos a toa, conversamos, compramos até um presentinho pro filhote (porque a gente não consegue sair sem lembrar deles, não é?)... rs... 

Mas tomamos nosso cafézinho, com calma, vimos pessoas, andamos tranquilos, demos beijinhos...


segunda-feira, 16 de março de 2015

QUANDO EU CRESCER, QUERO SER... MÃE!

Ser mãe é uma das maiores realizações, senão a maior, da vida de uma mulher. Quem nunca brincou de casinha quando criança e carregou seu “bebê” pra baixo e pra cima. Naquela época, já estávamos treinando e nem sabíamos. E tem também aquelas que acham que “ser mãe não é pra mim”.  Já vi alguns casos desse em que a “tal” mulher se transformou. Rs... Eu mesma sempre fui muito durona. Criada como um “menino” brinquei muito mais de carrinho e de jogar bola que de boneca. E embora sempre tenha tido muito jeito com as crianças, nunca imaginei como seria como mãe. E nem poderia. SER mãe muda tudo dentro da gente!

Infelizmente há muitas mulheres que não querem ter filhos. E também aquelas que são capazes de abandonar seus próprios filhos (Pra mim, não estão em sã consciência. Ou nunca tiveram uma referência de mãe em suas vidas). Mas há aquelas que querem muito! Muitas conseguem logo. Outras lutam anos para conseguir. Outras decidem amar como mãe, mesmo que não tenham gerado. E há também aquelas que não se encaixam em nenhum desses exemplos.

Planejei ser mãe aos 30 anos. E assim aconteceu, graças a Deus. Estava de férias do trabalho e já havia marcado meu gastro meses antes pra fazer uma vídeo-endoscopia por conta da gastrite. Durante a consulta meu médico olhou pra mim e disse: “Primeiro você vai ao laboratório e faz um teste de gravidez e depois a gente marca seu exame. Já vi muita gastrite igual a sua nascer em 9 meses”. E lá fui eu. Horas depois estava com o resultado positivo em minhas mãos. Que susto! Tomava remédio há 7 anos e havia parado de toma-lo no mês anterior. Foi tudo muito rápido!

Mas nem tudo são flores! Rs... 

Comecei a passar muito mal depois disso. Tudo que eu comia eu vomitava. Até a água que eu bebia ia embora. Pelo menos não cheguei a ficar em hospital. Em casa, tinha um estoque de coco pra eu tomar a água. Foi o que me hidratou por muitos meses, até eu enjoar também. Rs...

Quase não “curti” a gravidez, pois a maior parte do tempo era no banheiro vomitando. Isso por muitas vezes me abateu, me deixou triste. Achei que não conseguiria chegar até o fim. A sensação muitas vezes era que vomitaria meu bebê pela boca. Fora as muitas vezes em que fiz xixi nas calças pela força ao vomitar. Dependendo de onde eu estava, tinha que ir pra casa na hora. Desejos? Ah! Tinha um, sim. O de parar de vomitar! Mas não deu. Vomitei até a véspera do parto.

Por outro lado, durante esses meses, eu e o Be criamos um laço eterno. Ele esteve comigo o tempo todo. Não me abandonou! E eu, suportei tudo por ele!

Bem... 9 meses depois ele chegou, e o enjoo... Foi embora! Minha primeira refeição após o parto, ainda no hospital, foi a melhor da minha vida! Franguinho ensopadinho com legumes! Delícia!

Se você está grávida ou pensa em engravidar, saiba que tudo vale a pena por eles! Os enjoos passam, a barriga volta, o peito fica cheio de leite, machucado etc... Rs... 

Mas vale a pena!